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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Associação de Feiras e Mercados tem dúvidas sobre aprovação do projecto do Bom Sucesso
















NOTÍCIA PÚBLICO
Jornalista Patrícia Carvalho
A Associação de Feiras e Mercados da Região Norte (AFMRN) duvida que o projecto de requalificação previsto para o Mercado do Bom Sucesso, no Porto, venha a merecer a aprovação do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), através da Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN).

O presidente da AFMRN, Fernando Sá, explica que esteve presente numa reunião, na semana passada, com representantes da DRCN, em que lhe foram transmitidas algumas incertezas sobre a exequibilidade do projecto apresentado pela empresa Eusébios SA, vencedora do concurso público lançado pela câmara para a concessão do mercado.

"O que nos foi transmitido é que, das duas propostas apresentadas ao concurso, aprovou-se esta porque era o mal menor. A outra destruía mesmo o edifício na totalidade, e esta preserva o equipamento e parte do mercado tradicional", diz.

Segundo Fernando Sá, os responsáveis da DRCN frisaram que apenas "aprovaram" o programa base apresentado a concurso, sendo ainda necessário aprovar o projecto de arquitectura.

"Mediante o projecto é que se vão pronunciar em definitivo, mas também disseram ter dúvidas sobre a possibilidade de construir lá dentro um hotel com viabilidade", diz. O PÚBLICO tentou, por várias vezes ao longo das últimas semanas, ouvir a DRCN sobre o processo do Bom Sucesso, mas tal não foi possível.

Para Fernando Sá, a DRCN "está a ser enganada", quando lhe dizem que o projecto para o edifício da zona da Boavista permite a manutenção do mercado tradicional. Em Julho, a associação lançou mesmo uma petição contra a concessão do equipamento. Ontem, o documento não atingia as 700 assinaturas.

O responsável da AFMRN não acredita que o futuro do Bom Sucesso mantenha os mesmos comerciantes que hoje tem, considerando improvável (conforme disse, em Julho, ao PÚBLICO), que seja possível "a convivência da venda de peixe com um hotel e escritórios".