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sábado, 12 de maio de 2012

Artigo de opinião de Jacinta Quelhas


                                                                                                         Artigo de opinião:Jacinta Quelhas*

MODERNIZAÇÃO DE FEIRAS E MERCADOS ( Adaptação às novas tendências)
As feiras tradicionais e os mercados populares incutiram, durante séculos, uma dinâmica muito própria aos espaços rurais e urbanos que serviam.
A feira era local de encontro, constituía pretexto para convívio e partilha de  momentos de lazer . O comércio local abria as portas em dia de feira e as pessoas aproveitavam para tomar o seu café ou beber um copo, ir ao barbeiro ou cabeleireiro, comprar produtos que não existiam na sua terra e reencontrar amigos e familiares.
A feira não incomodava porque fazia parte.
As feiras, de tradição milenar, pelo seu dinamismo, mostram formas de promoção e escoamento do que melhor nela se faz e produz, constituindo  fontes de rendimento dos que nela habitam e de combate à desertificação. Nas feiras desenvolvem-se atividades geradoras de valor e emprego, oportunidades de contacto com as populações locais, a natureza e o que a terra produz, as tradições, a gastronomia, o artesanato.
Numa situação de grave crise económica e social ― como a que atualmente se está a viver ― a base fundamental para o desenvolvimento presente e futuro da nossa terra e das nossas gentes é saber aproveitar e valorizar a sua riqueza, diversidade, afirmar a sua identidade cultural e apostar na melhoria das condições de vida das populações.
A criação de amplas zonas comerciais levou a que muita desta riqueza se perdesse, alterando hábitos de consumo e de circulação, afastando as feiras dos centros urbanos e descaracterizando as nossas terras e as nossas gentes, num processo de massificação consumista contra o qual muitas vozes se levantam.
As tradicionais feiras e os mercados populares estão no atual contexto a tornar-se locais atraentes para todo o tipo de consumidores .A falta de dinheiro e o desemprego têm levado muitos portugueses à recriação de atividades artesanais, processos artesanais antigos, venda de produtos alimentares não industrializados…
A crise económica é também uma crise de valores. A busca do que é nosso, original, genuíno conduz à urgência de revalorizar as  feiras , através de um novo figurino, alicerçado no passado: resgatar o colorido da feira, pela variedade da oferta, pela mostra do trabalho, pela animação.
As feiras podem sair do estado comatoso em que mergulharam há vários anos se houver interesse das instituições e das autarquias.
Conhecidas como locais destinados a relações comerciais e vendas de mercadorias, as feiras ― pela importância que adquirem e que ultrapassa o seu papel comercial ― revelam-se, na sua maioria, como espaço de cultura, educação e lazer, constituindo-se, por conseguinte, num grande cenário de expressões artísticas e culturais.
Hoje elas facilitam ainda a troca de experiências e a circulação de novidades que acontecem pelo mundo, permitem identificar e visualizar aspetos que definem uma região ou localidade, evidenciam valores, costumes, formas de viver, laços de sociabilidade e convivência. Torna-se também urgente resgatar o papel exercido pelas feiras na formação das economias municipais contributo relevante para a promoção e desenvolvimento económico e social das freguesias. 

 Os feirantes preocupam-se não só com a geração e a manutenção de empregos, mas também
com o meio ambiente, a saúde pública e a própria cidadania. Associam-se promovendo ações integradas, buscam consultoria, participam ativamente na elaboração da legislação que os enquadra legalmente.
NOVO CONCEITO

Para reestruturar e reorganizar as feiras livres e os mercados torna-se necessário alargar o conceito de feira, abrindo as portas ao artesanato, às antiguidades e velharias, aos produtos da terra.
Graças à modernização de muitos espaços é hoje possível aproveitar espaços dotados de condições e infraestruturas necessárias, áreas ou zonas de descanso, sombras, ajardinamento/arborização e passíveis de albergar animação local e de rua, interagindo com o comércio tradicional.
 Desta forma as feiras podem resistir ao lado da modernidade das grandes redes de supermercados, resistência que tem origem na forma como as pessoas vão criando estratégias de sobrevivência, meios e formas de continuar a subsistir.

*Professora e Artesã

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Paredes de Coura:I Sorteio de atribuição de espaços vagos na feira municipal - 25/05/2012

A AFMRN-Associação Feiras e Mercados da Região Norte informa a todos os interessados que se encontra aberto o periodo de inscrições, para o sorteio de atribuíção dos espaços de venda vagos, na Feira Quinzenal de Paredes de Coura.O edital com as condições de admissão,requerimento e planta, poderá ser consultado no site da C.M. de Paredes de Coura