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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Norte:Feirantes não escoaram artigos e pedem ajuda

Com a devida vénia ao Mensageiro Noticias



Mau tempo na época natalícia impediu realização de feiras e a deslocação de muitos feirantes.
Perante os últimos cenários climatéricos, muitos foram os sectores afectados pela neve, vento e chuva. O comércio ambulante é um deles e a Associação Feiras e Mercados Região Norte (AFMRN) já veio pedir publicamente ajuda ao Governo, para a “diminuição de prejuízos” registados numa das melhores alturas do ano para o sector. A não realização de feiras, ou a impossibilidade dos feirantes se deslocarem a diversos pontos da região, levou esta associação a apelar ao “bom-senso” e pedir a isenção de tarifas para os feirantes que não puderam comercializar os seus produtos.

O comércio ambulante tem conhecido nos últimos anos algumas modificações. A criação de novas leis, que regulamentam melhor a actividade, e ainda uma maior organização por parte dos municípios têm dado novo folgo à actividade. No entanto, um factor não pode ser mudado: as condições climatéricas.
Com os nevões e os fortes ventos e chuvas, os feirantes vêem-se condicionados, tanto no acesso aos núcleos urbanos onde se realizam os mercados, como nas condições que encontram no local de trabalho, por vezes impróprias para expor os seus produtos. Fernando Sá, presidente da AFMRN, sublinhou que, “geralmente, os comerciantes aguardam os meses de Agosto e Dezembro para aumentar o seu negócio, mas devido ao mau tempo que se fez sentir no último mês do ano passado a maioria não conseguiu escoar os seus artigos”.

Tal como aconteceu na região Oeste, que recebeu apoio do Governo para o sector da agricultura, também a região Norte pretende ver os seu comerciantes apoiados. “Os feirantes viram-se sem possibilidade de realizar muitas das feira que tinham programadas para esta região e a consequência traduz-se em grandes prejuízos”, destacou Fernando Sá.

Para o responsável da AFMRN os danos foram grandes e afectaram vários comerciantes. A não realização da feira anual da cidade de Bragança e a impossibilidade de circular nas estradas da região transmontana em vários dias das últimas semanas são disso exemplos. “Mesmo que as entidades responsáveis tivessem garantido a funcionalidade dos espaços, por vezes, os feirantes não se puderam deslocar”, sublinhou Fernando Sá.

Como medida compensatória, o representante dos feirantes do Norte já via com bons olhos a não cobrança do preço dos lugares, ou a sua diminuição, nos casos em que os feirantes não puderam ocupar os seus lugares. “Este Governo tem visto a actividade com outros olhos, o que não acontecia anteriormente, apostando na modernização do comércio e na criação de uma nova lei, tudo isto vem ajudar, mas ainda é muito pouco.”
Vila Real, um caso “à parte”
Não desligada dos factores climatéricos, a cidade de Vila Real tem ainda outro ponto menos positivo, sob o ponto de vista dos feirantes. “Apesar do novo espaço ser semi-coberto, a sua deslocalização face ao centro da cidade faz notar um decréscimo no número de clientes e, com isso, uma quebra acentuada no volume de vendas.”
Com este cenário, a AFMRN pede que sejam revistas as tarifas para a utilização do espaço, já que a diminuição de receitas obriga a um maior esforço por parte dos feirantes no cumprimento das rendas junto da empresa municipal responsável pelo espaço.