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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

VILA REAL- Feira do Levante continua a levantar problemas

Com a devida vénia ao Mensageiro Noticias

Labirinto de carrinhas

Regressando ao interior do espaço comercial, se pretende fazer compras tenha em atenção que o melhor será entre as 9h30 e as 12h. Antes e depois desse horário, o mais fácil é que, entrando na Feira do Levante, confunda o espaço com um “labirinto de carrinhas”. O problema também foi levantado nos primeiros dias após a inauguração, mas a isso ainda não deu resposta o município.
O espaço destinado à circulação, quer automóvel quer pedonal, torna-se intransitável nos horários em que os feirantes carregam e descarregam os seus artigos. Para ajudar na solução deste problema:

A Associação Feiras e Mercados Região Norte (AFMRN) sugeriu a construção de uma via exterior ao recinto no jardim adjacente ao espaço, criando assim “uma espécie de via de emergência”. “O objectivo é poder fazer com que os feirantes circulem, porque estamos todas as semanas com o problema de que enquanto os feirantes que se encontram junto às entradas não carregam ou descarregam a mercadoria, os restantes têm de esperar para poder sair do recinto, o que chega a demorar horas”, explicou Silva Rodrigues, representante da AFMRN.
Este pedido foi formulado junto dos responsáveis pela MERVAL, que “mostraram receptividade à proposta e compreensão pelos receios dos comerciantes”. “Se houver uma questão de emergência não há uma saída, nem uma entrada possível para socorrer as pessoas”, referiu Silva Rodrigues.

Clandestinos e preços elevados

Lembrando que “nem tudo é mau”, porque “tem havido disponibilidade dos responsáveis municipais para resolver as lacunas do espaço”, o representante da AFMRN salientou que “ainda há falhas” que teimam em manter-se. “Os clandestinos que se encontram a vender junto à entrada principal da feira chegam ao cúmulo de montar plásticos para se abrigarem quando chovem e outros usam a paragem do autocarro”, descreveu Silva Rodrigues, sublinhando a “injustiça face a quem paga”.
Se aos maus cheiros que acompanhavam o negócio durante os primeiros meses de actividade no local, o mesmo ainda não aconteceu em relação a outra queixa dos comerciantes. “A mudança provocou uma quebra de receitas para os feirantes e, por isso, solicitámos que fossem revistas as taxas que pagamos pelos lugares”, adiantou o responsável pela AFMRN. Embora ainda não tivessem recebido uma resposta favorável, Silva Rodrigues lembrou as palavras do autarca de Vila Real, para justificar a esparança na redução dos cerca de 6 euros pagos por cada metro quadrado. “A câmara vai estudar o assunto e, se perceber que há dificuldades por parte dos comerciantes, temos também que olhar para isso. Não podemos ficar indiferentes”, garantiu Manuel Martins, aquando da inauguração da Feira do Levante.

O Mensageiro tentou ouvir o vereador Domingos Madeira Pinto, responsável por esta área, mas não foi possível antes do fecho desta edição.